O caráter coletivo da curadoria e da produção do evento foi uma tentativa de abalar um tipo de organização hierarquizada, cuja formatação rígida poderia limitar a abrangência da proposta Ateliê de Performance como campo de inquietações, questionamentos e reflexividades.
As funções se dividiram entre alunos e professores dos cursos de graduação e de pós-graduação do Instituto de Artes –UERJ. Esta proposta de coletivizar a organização do evento investiu na economia do desejo como modo de operar as relações corpo, performance e instituição.
A mistura de presenças virtuais (Skype) e carnais nas mesas de debate Vídeos-Performances e Corpo-Arquivo contou com a participação de artistas e pesquisadores internacionais (México e Argentina). O uso de espaços “inadequados” (varandas, hall de elevadores, saída de emergência, etc.) para realização de Performances aos Vivos subverteu a vivência cotidiana e parcial do lugar Instituto de Artes - UERJ.
Instalação de TVs no corredor do 11º andar exibindo performances de artistas Latinxs Americanxs (Colômbia, México, Peru, Brasil, Guatemala e Argentina) ampliou as fronteiras territoriais do evento, que também contou com a colaboração da rádio Ateliê Radiofonias em programação anexa.
Na conexão entre evento (exposto) e ateliê (processual) a amplitude da performance se fez tempo-espaço de ações e deslocamentos de sentidos, que destacaram a potência do artista como produtor, criador, inventor e transformador de coletividades habitadas.
Artistas participantes desta edição:
Alexandre Dacosta
Anais Karenin
Augusto Braz
Cambar Coletivo
Carol Marim
Corpo 1 e Corpo
Eloisa Brantes
Eta Aqüaridea
Filipe Espíndola
Flávia Viana
Flora Bulcão
Lyz Parayzo
MAD
Nadam Guerra
Sara Panamby
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